Bob Seng

Nesta peça eu estava interessado em usar aço e concreto, os materiais de construção urbana sombria e fazer algo que parecia macio, inchado e mole, absurdo e um tanto doméstico.

Eu costumava trabalhar no teatro, mas parei quando achei a cena no estacionamento do lado de fora da porta do palco mais marcante do que a performance. Adereços enormes, partes de figurinos, pedaços de cenário e o estranho membro de papel machê eram rotineiramente despejados lá esperando os homens da lixeira. Em vários estágios de angústia e decadência que se acumulavam, despojados do efeito mágico das luzes e da animação.

Calcinhas é em parte isso. Uma espécie de objeto monumentalmente extinto, desprotegido, sombriamente humano no mundo real. Uma comédia negra.

Duas formas de piscina: uma, enterrada e convexa, revestida de cerâmica azul; o outro, uma forma flutuante cheia de garrafas ao largo da costa no East River.