Sandy Smith

É. A palavra se repete em um padrão vertiginoso no tecido de lona de cinquenta espreguiçadeiras reclináveis, dispostas idilicamente em fileiras na beira do parque. É. É um verbo que implica definição. É afirmativo e enraizado no aqui e agora.

Em 1934, a fachada da sede romana do Partido Fascista era uma parede de texto, mais especificamente, apenas uma palavra, repetida várias vezes: SI (o italiano “SIM”). Emoldurado por este mural fortemente afirmativo do Sim, havia uma imagem do rosto de Mussolini, espiando e ordenando a aceitação do fascismo com sua figura de proa literal.

Para Smith e suas cinquenta cadeiras, o SI (SIM) de Mussolini e o nacionalismo autoritário se tornam o SI de hoje. SIM, o apelo por aceitação e visão de futuro, e IS, associado à autodefinição e ao desejo de afirmar o presente. A espreguiçadeira suporta esta contemplação, com uma gama de cores alegres para escolher, uma postura relaxante para adotar e uma visão do resultado de gerações de YES/IS com visão de futuro. Por meio de design de móveis e gráficos atraentes, Smith criou uma forma sutil de populismo filosófico e político em um parque público à beira-mar.